nojo

sua ciranda

não era de pedra

nao era primavera

seu assunto

o fiapo da ilha

que do vento

mordeu, é corpo

que nada diz,

é a pedra que

morreu...

é o silêncio

de rabo pobre

de estrada

e corpo mole

é o cristo

que sai correndo

e deixa a cruz

quando pode...

que na dureza

do real, se

masturba no

ideal, que sonha

em acordar,

e da folha,

seca, recordar

que corta o que

ficou, o passado

e o amor, fica

apenas com

carne, essa

terra devastada

chispa de nojo

botão de flor...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 31/12/2012
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