nova era
Voava em asas
de pedra,
em corpo de dureza
e no sono que despreza...
sonhava dentro da pedra
bruta, nos astros
e nas ataduras,
os cornos que a
rocha fura...
era assim no vendaval
de ouro, nas travessas
da rua da vida, que
seu corpo me entortava
de nojo, com sua pele
de reprise, com seu
silêncio de palavras
com seu jeito de mal-me-disse
e do lato da pedra
mais alta, salta
em asa, o bicho preguiça
e persegue sem vontade
ainda, uma nova era