Um poema cortado no ar

Não quero compromissos.

Deixo que a vida agora

faça registros no cartório

das virtudes e bondades.

Tenho crédito divino

e dívidas não pagas.

Nada nego.

{Ventos carregam manhãs}

Ainda espero ouvir no céu

a prosa de Guimarães Rosa

ao som da batucada de Noel.

Nada sou na hora do sono.

Guardo acenos e sorrisos

e um poema breve

cortado no ar...

Sou poeira, papel, cinza

e vento.

Acordo...

Ouço a Sagração da Primavera.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 30/12/2012
Código do texto: T4060213
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