ENTRE DOIS PONTOS

Não me venha com reticência, nunca irei entender.

A flor murcha na janela, a roupa seca no varal.

Há dois pontos, há divisa, há distância...

Mas não há dois sóis no meu quintal.

Não me venha com dois pontos.

As borboletas beijam a flor, o beija-flor vira criança.

Há harmonia? Há companhia? Há lembrança?

Não há aliança que dure se não existir esperança.

Não me venha com interrogação,

Já não necessito questionamentos, apenas de confirmação.

Não viverei de ilusão, meu coração não viverá aflito,

não quero meia paixão nem o dito pelo não dito.

Analisa e assinala o quesito:

Afinal...

Desisto? Insisto? Persisto? Resisto?

Coloco o ponto final? Perco o equilíbrio?

JP30122012

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 30/12/2012
Reeditado em 30/12/2012
Código do texto: T4059928
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