DESNUDO ANDEJO

Desnudo andejo

e absorto, perambulo

pelas ruas vazias

pelas luas novas indivisíveis

sumidas, invisíveis...

sem reflexos

perplexo em rosto pálido

com olhares distantes

onde os essenciais

não são importantes

e se esvaem inerentes

inconsequentes

em meus íntimos

aferrolhados quereres...

sem poderes, sem nada, repousam

lamurioso lacrimejo

as gotas que vertem

ao solo opaco

sem cor ou brilho

deixando só resíduos

das marcas, dos tempos idos

fragmentos de mim mesmo...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 29/12/2012
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