DESNUDO ANDEJO
Desnudo andejo
e absorto, perambulo
pelas ruas vazias
pelas luas novas indivisíveis
sumidas, invisíveis...
sem reflexos
perplexo em rosto pálido
com olhares distantes
onde os essenciais
não são importantes
e se esvaem inerentes
inconsequentes
em meus íntimos
aferrolhados quereres...
sem poderes, sem nada, repousam
lamurioso lacrimejo
as gotas que vertem
ao solo opaco
sem cor ou brilho
deixando só resíduos
das marcas, dos tempos idos
fragmentos de mim mesmo...
Romulo Marinho