Meu Pulso Acabará em Minhas Mãos...

O dia nublado

Me faz ver, o cinza

Aquelas marcas do passado

Através da janela pela qual olho o céu

Cada nuvem, uma nebulosidade de um condenado

Sem vontade de viver

Sem vontade do querer

Sem vontade de fazer rimas pobres

Apenas colocando o verbo no infinitivo

Sabendo que o infinito, não existe, nem aos nobres

Pessimismo

Seria o nome disso?

Acho que não. Seria realismo?

Seria a falta de romantismo, o cinismo?

Acho que não. Apenas a falta de emoção...

Eu coloco um elo

Entro todos os problemas

Só para deixar-los maiores do que são

Só para acabar comigo, em uma reflexão

E no próximo pensamento, apenas os pesos lá estarão

Eu já não consigo suportar

A indecisão, a mudança de hábitos

A realidade colocando pressão sobre meu rosto pálido

Não sinto mais vontade de ver a vida, me sinto falhamente torto

Vendo o dia nublado

E reparo, só gosto de dias assim, mortos...

Quem sabe seria porque por dentro estou morto

Vazio, com meus sonhos perdidos

Na verdade, uma esperança que já morreu a tempos

Por dentro, apenas um coração pulsante e um cérebro pensante

Aguardando para que eu

Para que eu, só eu, ponha um fim

Em todos aqueles emaranhados de tristeza

Olhando dentro de mim mesmo, no meu interior Negro;

Na luz Branca;

No dia Cinza...

Gabriel Di Roveda
Enviado por Gabriel Di Roveda em 28/12/2012
Reeditado em 03/01/2013
Código do texto: T4057579
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.