Meus dias SEM VOCÊ ...

Descerro a cortina
Por trás da janela.
Eis-me em dia claro
De soberbo céu aberto.
No seguinte dia,
Um céu de cinzas nuvens encoberto
E o dia, por igual, em chumbo envolto.
Mais um outro dia,
Dia e céu
Em tom pastel.

Esmaece
O céu.

Sai o véu,
Amanhece
NOVO (?) dia,
Vento sona, assovia,
Por instantes faz-se revolto.
Obsessivo,
Compulsivo,
Cerro,
Descerro
A janela
Mas ela
Não vem.
Assim, qualquer dia
É feito de horas lentas, a fio e sem graça ...
Dia que não passa ...
Sem ela, cada dia
É triste, feio dia.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 28/12/2012
Reeditado em 15/01/2013
Código do texto: T4057567
Classificação de conteúdo: seguro