Poema para abrir olhos
Persigo teu rastro
Palpável aos olhos
Nada que me detenha
Não meus pés
Minhas veias
Água negra
Bebo, bebo, feneço
Um trago, maço de ar
Deito língua, faminta
Na tela das palavras
Roço exclamação
Cada virgula tua nas minhas
Interrogações
E na janela do teu poema
Salto, suicídio
Enquanto os sapos
Engolem a madrugada