Da Insônia

O romantismo (que dorme dentro de mim,agora;

em um sono necessário, profundo e triste)

as vezes, sonha com uma alegria (que não existe)

enquanto eu continuo acordado, aqui fora.

E me trás palavras (em sua sonâmbula poesia)

que rimam risos e flores , no final dos versos;

como se eles estivessem imersos

em um oásis : uma miragem de alegria.

Mas, depois (quando a caneta emudece;

e o silêncio reescreve coisas do passado)

essa alegria (com quem ele havia sonhado)

também dorme...( como se quisesse

me provar que é a tristeza que não adormece...

e não, eu, que continuo acordado).

27-12-2012

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 28/12/2012
Reeditado em 10/12/2015
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