passaros
A longa tormenta passara após seis noites.
Foi quando a cidade, então, adormeceu.
Lembranças doces do menino perdido que encontrei
Naquela noite e que corri pelo bosque...
Dia grande: é a hora da chegada.
Todos, sem exceção, devem prostar-se diante daquela.
Ora, pela estrada só há poeira;
Deus nunca conhecerá os seus milagres.
A chuva cai na horizontal; o céu caiu em sono profundo.
Os escravos marcham até a pirâmide, amarrados.
O sol?
Ele se pôs dentro de meu coração
Neste exato momento a batalha é deflagrada.
Donos do céu, donos do mar, giramos ao nosso redor.
A esfera é a perfeita distancia necessária...
Onde encontro a próxima cidade?
Almas tocam-se em beijo mortificante.
Escassas palavras da hora da morte.
Todos sabem pelo que nos culpam.
Tanta...tanta dor no funeral do jovem.
Guie o carro enquanto eu durmo:
Verei, esta noite, estrelas de olhos fechados.
Por isso, segure minha mão quando quiser:
Doma-se a fera para enganar seu dono.
Crave a estaca bem no peito – não há sinal.
Aqui só há destinos cretinos guardados em vidros.
Abandonei a cidade...
E junto a mim vieram os pássaros...