passaros

A longa tormenta passara após seis noites.

Foi quando a cidade, então, adormeceu.

Lembranças doces do menino perdido que encontrei

Naquela noite e que corri pelo bosque...

Dia grande: é a hora da chegada.

Todos, sem exceção, devem prostar-se diante daquela.

Ora, pela estrada só há poeira;

Deus nunca conhecerá os seus milagres.

A chuva cai na horizontal; o céu caiu em sono profundo.

Os escravos marcham até a pirâmide, amarrados.

O sol?

Ele se pôs dentro de meu coração

Neste exato momento a batalha é deflagrada.

Donos do céu, donos do mar, giramos ao nosso redor.

A esfera é a perfeita distancia necessária...

Onde encontro a próxima cidade?

Almas tocam-se em beijo mortificante.

Escassas palavras da hora da morte.

Todos sabem pelo que nos culpam.

Tanta...tanta dor no funeral do jovem.

Guie o carro enquanto eu durmo:

Verei, esta noite, estrelas de olhos fechados.

Por isso, segure minha mão quando quiser:

Doma-se a fera para enganar seu dono.

Crave a estaca bem no peito – não há sinal.

Aqui só há destinos cretinos guardados em vidros.

Abandonei a cidade...

E junto a mim vieram os pássaros...

Admaesthyos E Pélica
Enviado por Admaesthyos E Pélica em 08/03/2007
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