Cadê (eu); é o primeiro ato.

Cadê (eu); é o primeiro ato.

No segundo ato ... escondido na metáfora, não senti o gosto do fio de macarrão, do frango com berdoega, da polenta de fubá branco e lingüiça caipira, do agridoce da mistura de sagu, vinho e hortelã ou cheiro de mixirica.

No terceiro ato... a bebida que restou no copo quase me matou e, sobrevieram duas flores azuis lindas, mas morta. Uma era a minha mãe, a outra eu não reconheci, estavam antes bem arranjados em vasos invisíveis, entretanto, no intimo Cérbero o porteiro mitológico cochichou coisa estranhas, era a morte.

É o quarto ato... e, nele havia dois jardins, um era de Ysmahã, flor branca de Palestino, no outro havia leviandade, entretanto, na coluna simples do balcão, o coração definhou e o barqueiro da morte aproximou, mas estava enganado, não era o fim.

No quinto ato... eu orei como em criança, mas as faces espirituais não se alegravam de mim (eu) estava corrompido.

No sexto ato... Deus me deu uma caixinha cheia de humildade e disse: as janelas e as portas estão abertas. Leitor: era o ato final (eu) entendi, então quando eu descer para o sono, se, eu em algum coração me tornar saudade, quero que meu pó ajude a fecundar ao menos um pé de flor azul do qual nunca escolhi. E sem medo contarei a Deus os meus segredos e erros e vou presenteá-lo, e de lá onde eu, estiver, verei a alva mansidão de mil canções. Esquecerei as perguntas de aprendiz, pois, vendo Deus o universo é pequeno e, Ele não se importará se sou simples e feio. No fundo os dezembros luminosos, e as alianças para o próximo ano, ludibriam os mortais, mas o ano vindouro no meu abrigo será coberto de graças em nome de Jesus.

Ailton dos Santos SP
Enviado por Ailton dos Santos SP em 27/12/2012
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