TRAVESSIA
Não tenho medo nem vergonha de dizer
Que não gosto de uma determinada coisa.
É por causa desse medo ou covardia
De alguns incautos e conformados
Que as coisas estão assim, nas escolas,
Nas ruas, campos, lares e construções.
Pode o mundo se maravilhar diante dela,
Pode a Rede Globo anunciar como
A grandeza mais necessária e essencial
Para a sobrevivência da raça humana;
Que ainda assim, vou consultar os oráculos sagrados
Que habitam os recônditos da minha mente;
Os traçados da educação e da cultura;
O que dizem os mais prudentes e engajados.
Para, só depois, bem depois, decidir se aceito ou não.
Luto para conseguir que as razões fundamentais
Para a felicidade na existência humana,
Principalmente através minha pessoa,
Sejam pelo menos discutidas exaustivamente.
Depois, no momento crucial, da travessia
Podemos dizer, sem dor de consciência:
Meu Deus... Meu deus... Bem que tentamos...