SILENTE

No silêncio da distância

só me restou a lembrança

do doce-salgado

beijo teu.

Não tenho outra saída

senão viver a vida

que alguém

me ofereceu...

No silêncio do tempo

só me restou um relógio

verdadeiro, mas,

que inverte os ponteiros

Não tenho outro recurso

senão seguir o curso

que, bem ou mal,

me apareceu.

No silêncio,

que alega silentemente,

só me restou

o seu sorriso

e um aviso

pairando no ar:

de que nossas vidas

podem se encontrar...

11 de Janeiro de 1992

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 27/12/2012
Reeditado em 26/02/2013
Código do texto: T4055289
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