FINAL DAS CONTAS
O que resta do tudo
é um punhado de lembrança
uma proçãod e esperança
um sentimento mudo.
A lembrança é suicida
e o tempo mancha a esperança
e o sentimento se cansa
de esperar pela vida.
O mundo fica escuro
tudo caótico,
muito neurótico
e a amizade é
uma palavra sem porquê:
um tijolo sem muro.
19 de Dezembro de 1990