Tratado Poético
Entendam a poesia como queiram,
Mas esqueçam a razão,
Tentem sulinhar a emoção.
Esta que encanta, embriaga, vícia,
Versos que inspiram, ativam o suspiro,
Acredito que estão prontos para navegarem.
Preste atenção: bateu seu coração?
Não olhe, deixe adentrar...
Esqueça dos modismos, das pomposidades.
A poesia não foi feita para cerimônias,
A poesia nasce na mesa do bar,
Cresce com a desarmonia dos seres
E chega ao ápice quando seus leitores
Aprenderam amar...
Mas cuidado! Não sejas amargo
Deixe o fel para os peçonhentos,
Não carregue o ser violento,
Tente amar...
Olhe a beleza ao seu redor,
Faça desses pequenos momentos,
Eternos desejos. Destes que nem todos
Aprenderam a almejar.
Façamos dos versos,
Uma ponte de sucessos,
Destes que só aqueles que amam
Aprenderam a desenhar.
Agora,
Com mais algumas páginas lidas,
Dois ou três goles de bebida,
Acredito que aprenderá a rabiscar...
Pensou que fosse assim:
Aos goles de gim,
Leituras de auto-ajuda,
Que aprenderia a fazer poesia.
Pois bem, você agiu com a razão,
Elemento dispensável nesse processo de criação.
De fato você não é um poeta,
Nem muito menos um leitor de poesias,
Pois aí nesse seu coração,
O amor não pode entrar.