Tratado Poético

Entendam a poesia como queiram,

Mas esqueçam a razão,

Tentem sulinhar a emoção.

Esta que encanta, embriaga, vícia,

Versos que inspiram, ativam o suspiro,

Acredito que estão prontos para navegarem.

Preste atenção: bateu seu coração?

Não olhe, deixe adentrar...

Esqueça dos modismos, das pomposidades.

A poesia não foi feita para cerimônias,

A poesia nasce na mesa do bar,

Cresce com a desarmonia dos seres

E chega ao ápice quando seus leitores

Aprenderam amar...

Mas cuidado! Não sejas amargo

Deixe o fel para os peçonhentos,

Não carregue o ser violento,

Tente amar...

Olhe a beleza ao seu redor,

Faça desses pequenos momentos,

Eternos desejos. Destes que nem todos

Aprenderam a almejar.

Façamos dos versos,

Uma ponte de sucessos,

Destes que só aqueles que amam

Aprenderam a desenhar.

Agora,

Com mais algumas páginas lidas,

Dois ou três goles de bebida,

Acredito que aprenderá a rabiscar...

Pensou que fosse assim:

Aos goles de gim,

Leituras de auto-ajuda,

Que aprenderia a fazer poesia.

Pois bem, você agiu com a razão,

Elemento dispensável nesse processo de criação.

De fato você não é um poeta,

Nem muito menos um leitor de poesias,

Pois aí nesse seu coração,

O amor não pode entrar.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 08/03/2007
Código do texto: T405418
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