Estro Débil
Meu tato dócil te repele
E repudia toda a tua calma.
A dor desliza pela pele
Quando quer chegar à alma.
Teu estro débil é o que almejo;
Vício hostil cultuando dores,
Mas dor maior é ver teu beijo
Exposto ao sol de outros amores.
Um gesto hábil, um copo; bares.
A estranheza é um gole em vão,
Um verso inábil pelos lugares
Que sou cativo da solidão.