AMPULHETA DE DEUS
No relógio do Tempo
O passo do tic não é ouvido pelo tac.
O Tempo não é medido nem contado,
Voeja perdido, esquecido no passado.
A noite, o dia não adivinha.
A sombra, não enxerga a luz.
O Tempo insaciável caminha.
Sem pressa, o ritmo conduz.
Devora séculos.
Atravessa milênios.
Desgasta astros.
Extermina galáxias.
Enruga sonhos.
Envelhece esperanças.
Apodrece paixões.
Afoga rios, mares, oceanos.
Mostra aos que se foram que ele permanece.
O Tempo interminável viaja,
Sem destino, nem parada.
Dando voltas ao redor de si,
Preenche o tudo... de nada.
Blog o Plebeu