oras...
passam por mim
tão senhoras, as horas,
e de seus olhos
os meus fogem...
são segundos
em viadutos, soberbos
rasteiros, portais
agudos ponteiros
já não me desfolham
como antes, ignoro-os
lanço aos céus
pupilas e apelos
e se me disserem,
volte... às senhoras
e seus escudeiros
respondo, não...
a madrugada é minha
tão longe, tão fora
voa minha alma
de poesia nas mãos...