NÃO

Bem que eu quis, de boa vontade

Guiar-me pela bondade de um puro coração,

Mas não nasci pra isso não,

Pois a minha mente, ela ferve!

Pensa, fala, grita e escreve

E bem aqui dentro diz: "não"!

Não para o que me anuncias,

Não para a tua tola alegria

De nunca serdes julgado,

De nunca serdes vingado

Do que ousastes me fazer

Do que quisera um dia ser:

Tu no céu e eu no inferno!

Nunca, jamais neste inverno

Irás um só dia verdejar!

Teu destino é descambar

Pelas valas mais profundas,

Pelas veredas imundas

Do que me fizestes sofrer;

Daí então, irás saber

O que é a dor, o que é mágoa

Sentir a força análoga

Do que é dar sem receber!

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 26/12/2012
Reeditado em 28/12/2012
Código do texto: T4053381
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