Espelho

Os meus olhos de menino

estão vigando de muito longe,

das infinitas distâncias

de algum limiar,

todas as mudanças exteriores.

Estão a olhar para um território

desconhecido, para um outro eu

que está diante do espelho,

preso como o menino

por trás do olhar.

Mas se eu estendesse

as mãos e tocasse a sua face

compreenderia todo o acontecido

e, por um instante,

se extinguiria todo o abismo...

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 25/12/2012
Reeditado em 25/12/2012
Código do texto: T4052492
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