Sete da Manhã

Por anos

infectei

meu sangue,

destruí

meu

cérebro.

Por anos

busquei

o orgasmo

no pó

branco

diluído...

No sangue

misturando-se

a mesma

água

que corre

pelos esgotos.

Hoje escrevo

o que penso

bêbado

às sete da

manhã.

Mas, no meu

sangue, não

corre mais

a podridão

dos esgotos.

Não busco

mais o

orgasmo

no pó

branco.

Mas, o ruim de

experimentar

o prazer intenso,

é gozar com

pessoas vazias...

O orgasmo

do pó branco

morreu,

mas a lembrança

e a ausência

na casualidade,

atenuam a força

do passado enterrado,

do prazer que foi

acentuado, mas

que hoje, é vazio

e sombrio, como o

passado que não

deve mais vir a tona...

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 25/12/2012
Código do texto: T4052247
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