Sete da Manhã
Por anos
infectei
meu sangue,
destruí
meu
cérebro.
Por anos
busquei
o orgasmo
no pó
branco
diluído...
No sangue
misturando-se
a mesma
água
que corre
pelos esgotos.
Hoje escrevo
o que penso
bêbado
às sete da
manhã.
Mas, no meu
sangue, não
corre mais
a podridão
dos esgotos.
Não busco
mais o
orgasmo
no pó
branco.
Mas, o ruim de
experimentar
o prazer intenso,
é gozar com
pessoas vazias...
O orgasmo
do pó branco
morreu,
mas a lembrança
e a ausência
na casualidade,
atenuam a força
do passado enterrado,
do prazer que foi
acentuado, mas
que hoje, é vazio
e sombrio, como o
passado que não
deve mais vir a tona...