Andarilho embriagado
Embriagado da desilusão de amar
Cambaleando entre trilhas estreitas,
Sobre um muro bancando o malabarista
Para um lado não vai muito menos do outro..
Para ele, a morte tira férias, tropeçando entre ruas os carros passam sem tocá-lo
Andarilho dos becos e vielas dos cortiços de diadema,
Sempre encontra um amigo e fiel companheiro do “P.L.” [PINGA COM LIMÃO]
Do truco, do churrasco e das ideias, das boas lembranças
Das boas lendas do fininho, todos gostam de lembrar
Fiel companheiro que se foi, partiu algum tempo deixando lacunas impreenssíveis
“Os dias não são os mesmos” pensou o malandro
“---Ao invés dos bons sambas de rodas hoje só se escuta os funck nas festas da periferia”,
Dizia indignado
No fim de festa, já embriagado, só se presenciava as estórias dos dias seguintes..
“Não sei quem beijou quem..”, “Fulano de tal”.. eu sem ninguém
Então, com mais um copo de P.L. vai caminhando sem saber aonde vai..
Dando pequenos goles vai partindo, cambaleando, pra muitos sem destino
Para ele o momento, seu maior segredo, da alegria a felicidade, vai curtindo
Seus sambas de raízes gravados em suas memórias
Vai recitando-os versos por versos sem errar uma frase..