PUNGENTE DOR
 
Pungente dor da alma anunciando o conflito meu verdadeiro amor escondido é algo soberano não mora em nenhum ser humano se esconde em situações musicais no enlevo dos poetas das músicas ancestrais, no cio da terra, regozijo da natureza, eu por meu próprio é lúgubre, egoísta e insípido, com lágrimas mutiladas, ecos gélidos do nada, meu amor mora em vidas passadas, em pássaros e passaradas, passaredos da estrada, num alivio ingrato do ateu, minha alma chora por ser prisioneira do impossível, no cotidiano sou ser humano em desengano, queima tudo de belo, destruído pelo homem matador, na caçada do poder, a verdadeira magia negra. Nasci no momento errado, levo minúcias de vazios, amo o silêncio. Contudo amo trabalhar, porém meu trabalho quer me escravizar, minha companheira terrena sofre e eu ao seu lado por não querer deixa-la, pois para onde iria, a próxima vitima seria outra que sua alma roubaria e levaria para casa do sofrer, não é justo amar o desamor,fazer com que passos do dissabor ditem meu egoísmo, por isso escrevo, sorrio e voo freneticamente e em momentos assim dispo-me de todas as mascaras,adormeço  e na passárgada de meus sonhos onde  lá viro rei fumo, bebo beijo, danço, transo,com mil esposas do além. Após acordo satisfeito dou um beijo em minha alma  e saio renovado deste sonho alucinado! 

12-04-93

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Maurilio Gabaldi Lopes
Enviado por Maurilio Gabaldi Lopes em 24/12/2012
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T4051518
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