bola fogueira
Bola fogueira
Meu canto ainda joga
no submundo de merda
notas incediadas, cortes
de primavera...
ainda sonda, no rio
imundo, outro rio,
orquestra de flores
no mar profundo
incorpora no espírito
das trevas, outra eras
de reis e castelos,
e persegue forte a rima
aquela que me torne vera...
meu canto, da minha
boca, é som, da minha
pele edredon, cobre
a vida com outros tons...
faz-me rico, oh canto
meu, figura geometrica
de prometeu, diga-me
logo, do teu fogo, de tua
terra, a tua arena coliseu...
ja que essa vida não basta
e eu quero, no ardo do
mundo, outros lados de
dados, outras fagulhas
vermelhas, que da queima
da lenha grita bem quente
dentro da bola fogueira