Bola fogueira

Meu canto ainda joga

no submundo de merda

notas incediadas, cortes

de primavera...

ainda sonda, no rio

imundo, outro rio,

orquestra de flores

no mar profundo

incorpora no espírito

das trevas, outra eras

de reis e castelos,

e persegue a rima

que lhe torne vera...

meu canto, da minha

boca, é som, da minha

pele edredon, cobre

a vida com outros tons...

faz-me rico, oh canto

meu, figura geometrica

de prometeu, diga-me

logo, do teu fogo, seu

tua terra, teu coliseu...

ja que essa vida não basta

e eu quero, no ardo do

mundo, outros lados de

dados, outras fagulhas

vermelhas, que lenha

da lenha queimada

grita bem quente

como uma bola fogueira

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 23/12/2012
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