Flor morta

Flor morta

A flor dorme nos dias frios e nos dias

quentes.

Ainda brilha, mas corre assustada

abatida e carente.

Tem rezado mais do que o padre

santo que benze gente.

A flor bela perdeu perfume, perdeu

o sangue quente.

Morreu sorriso, morreu no ventre.

A flor murchou, mas deixou semente.

Deixou saudade, deixou dores, deixou

sabores e seus gestos latentes.

O NOVO POETA. (WMarques).