ECDISE
Arietes minam minaretes
Ariadnes mimam minotauros
Almuadem mudo
Mouro não morra na masmorra
Corra Corra Corra
Rio sem vau sem delta
Que cem Nilos encerra
Cálice em mãos erradas
Vão que se enterra
Desceste pelo lado errado da colina
Caíste em um vale enfeitiçado
E a lua desponta ensangüentada
E a peste nossos corações fenece
Onde encontrar o novelo?
Onde se acende esta lâmpada?
Para onde vamos, agora que perdemos tudo pelo caminho?
Não entende? Não percebe que deixamos de lado tudo que sabíamos?
E nada sabíamos
Nossos risos tentam disfarçar nossa desesperança
O Desespero é o nosso único Deus
Procure subir o mais alto possível mas não saia do chão
Não caia na teia
Não deixe que a alcancem
Espelha os teus passos naquele que se perdeu
Cancele a busca pelo Sagrado pelas Grandes Virtudes
Porque já não nos limpamos mais
O crime indelével marca nossos aís
Matamos o Rei e amputamos nossas mãos
Matamos nossos pais e emputamos nossas mães.
O que pode nos salvar, agora que deixamos tudo pelo caminho?
Tanques desmontam campanários
E despontam os inquisidores
No descampado de nossas caabas
Corra Corra se és ainda dona de teus pés
Ofegante corra
E alcance céus inalcançáveis