SIRVO-ME
Da minha crença,
Vivência,
Abstinência,
Incoerência,
Maledicência
E devaneios.
De tudo
Guardo um pouco
Pra destilar meu veneno.
Guardo um pouco,
De tudo,
Pra desfilar
Em tardes de domingo.
Sirvo-me das facetas
Pra suportar o Mundo
Sem fundo.
Sirvo-me do bem
E do mal
E até do baixo-astral.
Sirvo-me, também,
Dos goles noturnos,
Da aurora
Ao amanhecer.
Dos amores,
Que não quiseram corresponder.
Sirvo-me, sirvo-me...
Pra esse Mundo entender.
Marlon Costa
Natal/RN, 22.12.2012