Paradoxo

Paradoxo

Eu pensei estar imune

Até pensei estar ileso

E pensei já ter morrido

Sentimento indefeso

É uma fera que se solta

De uma gaiola adormecida

Que dentro em mim morava

Escondida

Explode feito vulcão

De lavas incandescentes

Desperta no coração

O passado e o presente

Uma folha cai ao vento

Lembra-me teus movimentos

Não pensava em conhecer

Tão estranho sentimento

Não mando em mim, bem sabes

Nem sabes o que sinto

Talvez um dia te fale

Desse imenso labirinto

Entre o céu e a terra

Entre a praia e o mar

Entre a tristeza e alegria

Entre a chuva e o luar

És a minha sintonia

As vezes canto de pássaros

As vezes azedume

O açúcar e o sal

A sorte e a falta dela

Um soneto em fim de festa

Uma ópera que não termina

Sinfonia sem orquestra

Um olhar pela janela

À Lagoa, o Cristo, o morro do Vidigal

A vida é bela

Faz bem, faz mal.

Tony Bahia

Nota: Esse poema faz parte do livreto "Luz do reencontro" - pg. l4

22 poemas - Inspirados em Alexandre Valente

Um dos seres que me estendeu as mãos, quando eu mais precisava.

Obrigado, amado-amigo...Por toda eternidade - Tony Bahia

- Gravado e recitado, por mim em CD -

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 21/12/2012
Reeditado em 21/12/2012
Código do texto: T4046756
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