Paradoxo
Paradoxo
Eu pensei estar imune
Até pensei estar ileso
E pensei já ter morrido
Sentimento indefeso
É uma fera que se solta
De uma gaiola adormecida
Que dentro em mim morava
Escondida
Explode feito vulcão
De lavas incandescentes
Desperta no coração
O passado e o presente
Uma folha cai ao vento
Lembra-me teus movimentos
Não pensava em conhecer
Tão estranho sentimento
Não mando em mim, bem sabes
Nem sabes o que sinto
Talvez um dia te fale
Desse imenso labirinto
Entre o céu e a terra
Entre a praia e o mar
Entre a tristeza e alegria
Entre a chuva e o luar
És a minha sintonia
As vezes canto de pássaros
As vezes azedume
O açúcar e o sal
A sorte e a falta dela
Um soneto em fim de festa
Uma ópera que não termina
Sinfonia sem orquestra
Um olhar pela janela
À Lagoa, o Cristo, o morro do Vidigal
A vida é bela
Faz bem, faz mal.
Tony Bahia
Nota: Esse poema faz parte do livreto "Luz do reencontro" - pg. l4
22 poemas - Inspirados em Alexandre Valente
Um dos seres que me estendeu as mãos, quando eu mais precisava.
Obrigado, amado-amigo...Por toda eternidade - Tony Bahia
- Gravado e recitado, por mim em CD -