Sempre voltando
Não era assim
a reboque.
era
mais uma luz
que tocava fácil
a intimidade da noite...
o escuro não era pensando
era mais um gesto
que uma ferida...
que se deixava
inundar pelo desejo
e não se questionava...
engolia a vida
como o faminto
o prato de feijão....
ou como o exausto
a extremidade do chão
e meu coração
era um poste azul
erguido no meio
do breu, que ia
se arrefando
confome a distãnia
do meu desejo...
não sei quando
mudou, não sei
quando fui tomado (possuído)
por essa falta de amor...
talvez fosse assim mesmo
e eu, de tão bobo
não sabia o que era dor...
mas o mundo não
pára...tanto no escuro
como no claro ele
tem perna de gigante...
segue seu tempo próprio
e é pesado como elefante..
e nesse cercado
de danos e (des) enganos
a gente segue no vigor do orgulho ( ta bom...)
caíndo em buracos
que estão sempre voltando...