Sempre voltando

Não era assim

a reboque.

era

mais uma luz

que tocava fácil

a intimidade da noite...

o escuro não era pensando

era mais um gesto

que uma ferida...

que se deixava

inundar pelo desejo

e não se questionava...

engolia a vida

como o faminto

o prato de feijão....

ou como o exausto

a extremidade do chão

e meu coração

era um poste azul

erguido no meio

do breu, que ia

se arrefando

confome a distãnia

do meu desejo...

não sei quando

mudou, não sei

quando fui tomado (possuído)

por essa falta de amor...

talvez fosse assim mesmo

e eu, de tão bobo

não sabia o que era dor...

mas o mundo não

pára...tanto no escuro

como no claro ele

tem perna de gigante...

segue seu tempo próprio

e é pesado como elefante..

e nesse cercado

de danos e (des) enganos

a gente segue no vigor do orgulho ( ta bom...)

caíndo em buracos

que estão sempre voltando...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/12/2012
Reeditado em 20/12/2012
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