Do Disfarce

Do Disfarce

Quando vi passando pela rua,

percebi que não era ele (era um estranho!)...

a roupa que vestia não era a sua...

estava diferente na cor, no tecido, no tamanho...

Ele não anda, desse jeito, inquieto e apressado...

e não fica olhando a todos e a tudo

como se estivesse sempre desconfiado...

e sempre em silêncio ( como se fosse mudo).

Não, esse não é aquele que conheço :

aquele que já adoçou o mais ácido azedume...

que já derramou sua luz, seu perfume...

que já se doou, sem limite ou preço!...

(aquele que não tem fim nem começo).

Não, esse não é o amor...esse é o ciume!

19-12-2012

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 20/12/2012
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4044849
Classificação de conteúdo: seguro