Confissões ... ( antes que o mundo acabe e eu esqueça ...)

Aos cinco anos vi que o poder corrompe

Que as pessoas mentem

Porque tem muito medo e este as torna

Mesquinhas, malvadas...

Depois, sentem-se culpadas...

Até perderem-se de si mesmas

Desde então ousei romper convenções por amar

Encarei o preço; viver no exílio

Sangrar!

Mas não deixei de crer nas sementes...

No eterno retorno

Em sábios, em almas gigantes e,

Que outros proscritos haveria de encontrar

Segui meus instintos acima de tudo

E ao gosto pelo estudo quase devo tudo!

Declarei toda ternura apesar das censuras

Morri a cada dia e renasci

Enchi minha taça e a esvaziei

Plantei, reguei, floresci, feneci

Preferi a verdade dolorosa

às dissimulações, ardilosas ...

E a pronunciei com delicada firmeza

Indiscriminadamente

Cometi enganos de avaliação

Feri sem querer... Pedi perdão

Tentei reparar, retrocedi...

A mão jamais escondi!

Fui paciente diante as incertezas

Cautelosa diante ao perigo

Desejei não ver para não sofrer demais...

Desagradei, agradeci, perdi, reencontrei

Despedi-me com lágrimas e,

algumas vezes com bravura...

Nas águas do mar me consolei

Após tanta poeira ingerir...

Intensamente vivi cada momento

como se amanhã não houvesse...

Se hoje morresse não levaria

Comigo nem mesmo o que de mim recusam

pois ao vento atemporal, já lancei...

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 20/12/2012
Reeditado em 09/01/2013
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