Mãos Presas
Mãos encardidas, suadas de sonhos.
Molhadas de enganos, nódoa da vida.
Equidade de desgraça, iniquidades de prazer,
Exasperação da estrela que brilha, dança entre telas,
Cores que crocitam na antessala dos vitupérios.
Os homens cerceando harmonia,
Esbanjando e cuspindo na alegria,
Todos cantam numa forjada ópera,
As policarpas ideias vivas,
Lânguidas canções,
Que dormiam espalhadas nas minúcias de quimeras.
A sucussão da covardia, supremacia da civilização.