Norte Morto
O silêncio dorme entre minhas carnes nuas,
Nudez de abrigos profanados de enganos.
Ateu da própria estória, todos fiéis a hipocrisia.
Designando ideais, esmurrando os postiços primatas.
Espalhando verdades em lábios imortais,
Caos sonoro, estupidez lívida.
Grito junto às inverdades,
Brinco com flores do mal,
Rio das cores mórbidas,
Hei, de eternamente reinar no meu carnaval.
Vou rolar na lama com os imundos,
Dançar com meus anseios,
Eu, vestido de noite,
Serei risonho ao desespero.