Mariposa!
Gama de sensações
Fenômenos das emoções.
Emanam do coração,
E se infiltram em minha alma... Mente.
Fazendo a solidão despontar atuante, presente.
O silêncio grita minha condição,
De isolamento, aprisionamento nas algema da ilusão...
Dou então vazão as palavras
E releio-as com calma,
Na tentativa de entender meu aturdido momento.
Choro e me apego ao vento...
Sentindo o carinho frio,
Que me provoca arrepios,
Mas me matem desperta, alerta...
É o que me resta!
Onde há intuição e iluminação.
Há também cegueira, grandes simplificações...
Otimismo ingênuo.
Que nublam a verdade latente,
Nunca houve, nunca haverá... A gente!
E meu legado de sonhos se desfaz.
E o medo da vida,
Agiganta-se e assusta meu lado criança...
Meu coração sente falta de um riso cúmplice,
De vozes em uníssono,
Falando de vida e de amor... De paixão, o que for!
Contemporâneo meu negro véu
Rasgado em frangalhos,
Deixa passar luzes alheias.
Atraindo meus sonhos como as mariposas
Que voam felizes, na certeza da morte...
Feitiche, ilusão... Você, sinônimo de sedução!
Me vejo voando, rodando numa ciranda encantada,
Onde o final tem carta marcada,
Tragédia e mais nada.
O enfoque de minha emoção
Chega a ser uma egocêntrica visão,
Do meu estado fatal... Apaixonada, cega, flexada
Por cupido... Tendo o peito ferido
Sangrando na verdade,dilacerado...
Pelo anjo do amor,
Brincadeira da sorte...
Que leva a morte!