CESTA DE NATAL
Antonieta Lopes
A cesta de Natal financiada,
Pelos fins de dezembro eu recebia,
E na grama rolava a criançada,
Na mais pura e sincera alegria.
A garrafa de vinho festejada,
Doces, bolos, biscoitos, ambrosia,
Uma pobre, mas farta consoada
Mais feliz noite, creio, não havia.
Hoje os filhos cresceram, bem de vida,
Boa casa, opípara comida,
Mas duvido que possam esquecer
Do santo, infantil, puro prazer
Rolando pela verde grama, ao ver
A certa aberta... e a gula incontida.