CESTA DE NATAL

Antonieta Lopes

A cesta de Natal financiada,

Pelos fins de dezembro eu recebia,

E na grama rolava a criançada,

Na mais pura e sincera alegria.

A garrafa de vinho festejada,

Doces, bolos, biscoitos, ambrosia,

Uma pobre, mas farta consoada

Mais feliz noite, creio, não havia.

Hoje os filhos cresceram, bem de vida,

Boa casa, opípara comida,

Mas duvido que possam esquecer

Do santo, infantil, puro prazer

Rolando pela verde grama, ao ver

A certa aberta... e a gula incontida.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 19/12/2012
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