Carta de Natal

Se eu fosse pedir a papai Noel;

Se eu fosse pedir a Deus;

Se eu fosse pedir aqui entre nós...

Eu pediria paz as nossas angustias;

Eu pediria silêncio as nossas emoções,

Que era para ouvir os nossos corações,

Chamando a atenção da gente pro dia nasce feliz.

Não adianta a gente

Esconder o pensamento.

Fingir viver o momento.

Lá fora é tanta escuridão.

E até aqui dentro do peito.

No âmago dos nossos segredos,

Sempre se pode estar refém.

Podemos até ensinar os nossos filhos a ver as coisas,

Como essenciais a vida;

Podemos até sorrir para esconder a ferida;

Podemos até muitas vezes entender o mundo,

Como uma avenida;

Podemos até pensar ser o que a gente não enxerga no espelho.

Mas é porque ainda somos seres humanos.

Temos os nossos erros.

Temos os nossos pecados.

Mas a nossa essência é o amor.

Por isso amanhã, por mais que as nossas dores,

Golpeiem-nos a alma, fazendo os olhos sangrarem impiedosamente.

Estamos na luta, querendo transformar tudo.

Em toda a nossa vida,

Em algum momento pedimos paz;

Em algum momento amamos;

Em alguns momentos choramos;

Em algum momento temos esperança.

Mas como crianças, quando nos permitimos,

Ajuntamo-nos a inventar o sorriso.

Num estado de felicidade,

Que a gente nem lembra que o dia passou,

Que as feridas foram muitas; que alguém de nossa vida fez o seu andor.

Se eu fosse pedir,

Gostaria que todos pensassem comigo.

Não precisamos mais do que temos,

Mas para garantir o futuro;

A existência de tudo o que a gente conhece...

Eu pediria que agente procurasse o amor.