boca de salamandra
quem me dera do alto da cumeeira
gritar de espada em sangue
o inferno de teu nome
Maria dos olhos
de mel, Maria bonita
de carvaval sol e morena,
pavana luz de arrebol
quem me dera
a luz do seu rosto
mulato e generoso
seu peito grato
e suas ancas de navio
que me dera guarda-los
no meu corpo como
nalgum poema que já o fiz
o seu retrato...
quem me dera essa mulher
de boca de salamandra
curar o meu frio