ENSEADA
No barulho calmo
das ondas
sinto tudo
vejo nada;
só resta no ar
o sal nas narinas
e o calor da menina
que é tudo
quase nada.
Na boca um beijo triste
no mar
um brilho existe.
No monte
o mundo é tudo;
no horizonte
o eu é nada
e no barulho
calmo
das ondas
és o quadro
e a moldura,
enseada.