Rios e Trens

Rios e Trens

Rios e trens

-Vezes, paralelamente juntos caminham

Tempos sem fim.

Correm, trafegam, andam.

À foz chegam; ao mar, fim.

Nas estações, param.

Trens... Em negros túneis penetram,

Entranhas das montanhas e escuridão vencem,

Luzes, no fim... Encontram!

Por fim.

Rios em remansos, corredeiras e cachoeiras,

Quedas, represas... Obstáculos encontram.

Vencem por fim.

Trens e rios, serpenteando montanhas e penhascos,

Vales e planícies... Quão belos! Ousadas peraltices!

Rios.. .Águas que sujeiras lavam,

-Sedes que aplacam!

Pescadores... Histórias ribeirinhas contam.

Trens... Estações, lugares de espera... Quimeras!

-Saudades deixam!

Passageiros... Que apressados viajam.

Amores sonhados que vão e vêm, ficam.

Aflitos, corações acelerados aguardam

Sofrendo com antecipadas saudades...

- Onde os amados andam?

Choram lágrimas que as águas não lavam.

Rios que em rasas calhas e leitos trilham

-Velozes passam... Irrigam margens... Vidas criam.

Trens, rodas nos trilhos ruídos fazem, linhas trilham

-Velozes paisagens passam... Riquezas transportam.

-Sonhos criam!

Carregam... Utopias... Realidades?

Nas pequeníssimas ondas das águas dos rios,

Nos metálicos sons das rodas de aço sobre trilhos...

-Trens... Rios...

BNandú 21/01/2011 Texto revisado 16/12/2012

BNandú
Enviado por BNandú em 18/12/2012
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