EU,

Que me encontrava aqui dentro
No centro de meu ego
Era eu
Que inflava o meu peito
Que olhava de um jeito
Pelo ombro
Sem devido respeito
Eu
Que me acha intocável
Imortal, inalcançável
E a alma impenetrável
Era eu
Que nada ouvia de seu
E não sentia o fel
Que escorria
De minhas palavras
Vazias
E fui eu
Que despenquei do precipício
Que devorei o meu inicio
E me joguei ao final
De tudo que era
Meu
Foi quando vi
Que o meu mundo
Era imundo
Era imoral
E percebi que
Não era só eu


 
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 18/12/2012
Código do texto: T4041046
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