doçura e gratidão

o silêncio que na flor brota

de sua beleza rara e explendorosa

ascende algo no meu peito como

se o mundo não fosse um defeito

pequeno instante de cor, sem

a nota da dor, que me consome

do que sou, e disso me abasteço

e guardo comigo e a levo pra onde vou...

outras notas, que distante são lembradas,

não tão forte ou aciduladas, mas bem

leve - um traquilizante - me recende

de aroma, cuja a doçura me esclarece

abre meu coração como se fosse a tal flor...

eu agradeço, não de joelho, pois o orgulho

é minha viga, mas no fundo, perto da lama

onde quase não tem vida, eu me padeço

e sou grato desse amor...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 17/12/2012
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