Fragmentando-me

tento dar vida as mãos

aos dedos da alma sem poesias

aos fios que me ligam ao céu

me deixando fazer nua

decifrando a imensidão dos segredos

a matéria fragmentada dos meus espelhos

em linhas que definem o indefinível

a natureza dos reflexos do que sou ou nada sou

nas verdades que gritam, rompem limites

os nós estão lacrados sem conseguir rasga-los

mesmo amarrando os pulsos

dos sorrisos amargos

aos olhos tão cegos

quando os sonhos, as estrelas

estão muito além de mim.

07/03/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 07/03/2007
Reeditado em 07/03/2007
Código do texto: T404027