Fragmentando-me
tento dar vida as mãos
aos dedos da alma sem poesias
aos fios que me ligam ao céu
me deixando fazer nua
decifrando a imensidão dos segredos
a matéria fragmentada dos meus espelhos
em linhas que definem o indefinível
a natureza dos reflexos do que sou ou nada sou
nas verdades que gritam, rompem limites
os nós estão lacrados sem conseguir rasga-los
mesmo amarrando os pulsos
dos sorrisos amargos
aos olhos tão cegos
quando os sonhos, as estrelas
estão muito além de mim.
07/03/07