Quando se também é morto

tenho ainda fome,

aquela de quando

criança, de abraço

de beijo e de feijão

de repassarn outra

vez pela infância...

de amar um pouco

mais...a casa, a calçada

a minha mãe e seu raio

de não fazer tanto

caso, das cachaçadas

de meu pai....

E correr tão solto

e perceber o milagre

de estar nessa vida

e saber-me capaz

de abrir meu coração..

"que se foda o satanás"

tenho ainda fome, uma

dor de ser amado, de amar

as manhã, até os dias

devastados , de comer e

agradecer o feijão e o arroz,

agora percebo sem alarde ,

que a vida é vida quando

se também é morto...