Poemas modernos

Meus poemas são todos modernos

Andam comigo no avião, no metrô

Seguido meus passos, fraternos.

Entro com meus papéis ainda no mesmo bistrô.

Meus poemas estão no celular, no computador

Vagando pela nuvem perdidos na invisível internet.

Não deveria, mas é sempre perturbador

Quando o papel, ilustre desconhecido, vê um tablet.

Meus poemas são modernos, mas nada é novo,

Porque, no peito, mora a mesma dor que antes se fazia

No íntimo dos poetas que ora consumo, absorvo.

Aqueles do tempo em que o auge da ciência era a datilografia.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 16/12/2012
Reeditado em 16/12/2012
Código do texto: T4039146
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