INFÂNCIA
Ainda ouço o assobio que se igualava aos passarinhos que alimentava
Ainda ouço os passos correndo em tua direção para poder comer um pouco
Daquilo que tinha preparado a mais, pois sabia que desse alimento a gente gostava
Não há como esquecer daquela porteira lateral
Que nos levava a pisar em terra que não existirá igual
Onde vidas maravilhosas se fizeram por saber sentir
A beleza do que é esperar a jabuticabeira se encher
Para poder te ver em escada subir para todas poder ter
Cautela maior era ter que estar perto do tal buracão
De consciência natural de quem sempre teve a ideia de preservar
O mundo criado pelo seu imenso coração
Que sempre se pôs a assobiar a sagrada família
E hoje é digno de tal singela poesia
De quem fecha os olhos e vê tudo o que passou em tempos de criança
E de que foi criada a crença de toda esperança
De viver tudo de tamanha e imensa forma simplória
Pois da tua vida que se foi
Me vejo integrado a tamanha glória
Que mesmo da ameaça do reio escondido atrás porta
E isso de quem se importa
Tudo se consagra gente
Já que tua figura não sai da nossa mente!