Sem freios

Sem freios

Perdi a rédea dos versos

Os cavalos alados

Transformaram-se em éguas prenhas

Parindo di-versos-filhotes

Aos borbotões

Montaram em mim num galope

Tentei parar

À beira do abismo

Sem freios

Meus dedos viraram pastos

Meu corpo anéis de astros

A loucura

Bem-vinda-seja

Mamando nas tetas

Do espelho

Mágico

Fecundando palavras

No seio

Das estrelas

Num impulso

Trágico

Quase Cômico

Grito

Deixem-me em paz

Minha casa ocupada por amantes virtuais

Brigando com fantasmas

Deus me livre...

Tony Bahia

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 16/12/2012
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T4037911
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