Sem freios
Sem freios
Perdi a rédea dos versos
Os cavalos alados
Transformaram-se em éguas prenhas
Parindo di-versos-filhotes
Aos borbotões
Montaram em mim num galope
Tentei parar
À beira do abismo
Sem freios
Meus dedos viraram pastos
Meu corpo anéis de astros
A loucura
Bem-vinda-seja
Mamando nas tetas
Do espelho
Mágico
Fecundando palavras
No seio
Das estrelas
Num impulso
Trágico
Quase Cômico
Grito
Deixem-me em paz
Minha casa ocupada por amantes virtuais
Brigando com fantasmas
Deus me livre...
Tony Bahia