A esmo

Piso em falso

Ando num chão

Que não foi feito

Pra mim

Choro seco

Tento derramar lágrimas

Que não estão em mim

Me procuro onde não estou

Reclamo infinitamente

Uma dor sem fim

Queria andar por outros caminhos

Dormir sob outros mantos

Quiçá ter outros sonhos:

Voar ao léu

E neste céu infinito

Me encontrar

Beber em outra fonte

Pra ver se pelo menos pranto

Ainda possa brotar em mim

Valmir Abrantes
Enviado por Valmir Abrantes em 15/12/2012
Reeditado em 16/12/2012
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