dentro da noite,
caroço da noite
o chão dentro
da vida ascede
ao centro de meu
corpo...
no lustre negro
que sobrou dos
tempos de sangue
o menino corre
sua dor na calçada
da fome...e grita
pela virgem que
se foi de quando
ainda sorvia medo
pelos poros
Outra parte sua
ja grande compra
brinde e faz líquido
diante dos olhos
dos plantas que
se mostram vivas
no parapeito da
infância...
a família arde
na graça, na boca
do novo tempo
que explode no
canto do mundo
que não se expoe
apenas se brinca
firme no coliseu
da praça
e vaga-lumes
piscam pequenos
dias no caroço
da noite...e cada
espanto um soluço
um riso, um disfarce