Não,
o meu mundo não acaba.
É mais fundo, mais imenso,
mais intenso, mais profundo.
E não vivo à mercê do mundo,
meu mundo é só o que penso...
Fiz minha morada no infinito,
só é vivo em mim o que sangra,
olhos parados, o pensamento anda,
tudo o que vive nasceu desse grito.
E é bonito tudo isso que me encanta,
mas é triste aquilo que não tem cor,
quando o olhar mais se desencanta
é porque não viu nem pode ver o amor...

Não,
o meu mundo não acaba
além do fim há mais uma palavra,
além da eternidade não há nada,
nesse nada é que fiz minha morada.
Num tempo de não haver mais o tempo,
no espaço perdido em lugar nenhum,
nem infinito, nem morada, nem amor,
só o olhar desencantado para lugar algum...

Não. Meu mundo não acaba.
Somente recomeça num outro grito...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 15/12/2012
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T4037217
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